sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CREA-PR inspeciona aterro sanitário de Guarapuava





Agentes de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná estiveram ontem no aterro sanitário municipal de Guarapuava. A visita dos fiscais encerra um ciclo de ações em todo o Estado. Ao todo, oito unidades de destinação e processamento de resíduos sólidos foram vistoriadas. Até o fim do ano, um relatório será divulgado contendo uma análise sobre o acompanhamento técnico e gerenciamento dos aterros no estado.

Os fiscais Mariana Maranhão, engenheira ambiental, e Giorgio Tullio Cettina de Luca, engenheiro químico, solicitaram toda a documentação do aterro à Prefeitura de Guarapuava, responsável pela administração do aterro, checaram a responsabilidade técnica, fotografaram o local e aplicaram um questionário. “É um check list que verifica diversos itens, desde a presença de urubus, outros animais, até a drenagem de chorume e a emissão de gases”, explicou Mariana.

A vistoria ainda levanta a quantidade total de resíduos levada ao aterro, se a área do antigo lixão – que fica ao lado da área do aterro em Guarapuava – é coberta, se há presença de catadores e se o aterro possui geomembrana. Durante a fiscalização, os agentes encontram o aterro da cidade em obras. A prefeitura está construindo uma segunda célula para o recebimento de resíduos sólidos.

De acordo com o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho, a instalação dessa célula aumenta a vida útil do aterro em pelo mais três anos. Estão sendo investidos R$ 220 mil só na instalação da nova manta e outros R$ 450 mil para operacionalizar a obras, com recurso do cofre municipal. O chefe do Executivo local também comentou a fiscalização do CREA-PR.

“É um trabalho importante que o CREA-PR faz, ao mesmo tempo buscando referências para outros municípios, ao testemunhar o que estamos realizando, bem como em orientar-nos quanto a adequação dentro dos parâmetros técnicos”, disse. Cesar Filho também informou que 40% dos resíduos que chegam ao aterro são compostos por material reciclável considerado nobre e que o índice é considerado melhor do que a média geral do Estado. “Há um esforço para melhorarmos esse índice. Queremos otimizar o trabalho de coleta seletiva, melhorar o volume de resíduos depositados e trabalhar a questão social dos catadores”, disse.

O aterro sanitário de Guarapuava recebe, em média, 85 toneladas diárias de resíduos sólidos. O local possui três lagoas de tratamento de resíduos. A licença de operação foi renovada recentemente junto ao IAP (Instituto Ambiental do Paraná) por mais dois anos. E há estudos para a utilização do local nos próximos anos em sistema de consórcio com outros 15 municípios vizinhos.

Os fiscais do CREA-PR tiveram uma boa impressão geral na visita ao aterro. “O local está organizado. Nota-se uma preocupação com projetos de melhorias e que estão atentos ao que o IAP exige”, disse Mariana.

A coleta de informações irá compor o relatório estadual sobre os aterros sanitários. Os agentes estimam que em um mês concluam o documento, que ainda seguirá para as câmaras especializadas de Engenharia Civil e de Engenharia Química. Acompanharam a fiscalização os inspetores da Regional Guarapuava do CREA-PR, engenheiro químico Luiz Alberto Matte, e o engenheiro ambiental Carlos Eduardo Schaffel, o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Florestal, Celso Alves de Araújo, o presidente da Surg (Companhia de Serviços Urbanos de Guarapuava), Fernando Damiani, e o coordenador regional de resíduos sólidos do IAP, Marcos Antonio Silva.

João Quaquio - Assessoria de imprensa do CREA-PR/Regional Guarapuava

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua participação, seu comentário será publicado após análise do conteúdo que o mesmo contém