O Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Paraná esteve hoje pela manhã, nas instalações da Coopaflora
(Cooperativa de Produtos Agroecológicos, Florestais e Artesanais de Turvo). A
visita dos fiscais faz parte de uma operação de fiscalização especializada de
plantas medicinais em todo o Estado.
A cooperativa é formada por 120
produtores, sendo 80 deles agricultores familiares de Turvo, e outros 40
residentes no município vizinho, Boa Ventura de São Roque. Possui uma pequena
agroindústria para embalar os produtos numa localidade rural a cerca de sete
quilômetros de Turvo e a sede no parque industrial da cidade, onde ficam os
equipamentos para a secagem e à armazenagem de cerca de 32 espécies de plantas
medicinais. Entre elas estão a sálvia, o alecrim, a camomila, a manjerona,
manjericão, alcachofra, menta, melissa e orégano. De acordo com a direção da
Coopaflora, toda a produção é orgânica.
Durante a visita, os fiscais e
engenheiros agrônomos Ricardo Araújo e Marcel Hiroaki Kagueyama aplicaram um
questionário à direção da cooperativa e coletaram informações e fotografaram
instalações e equipamentos da cooperativa. O material irá subsidiar um relatório
analisando o acompanhamento técnico e as condições de produção da cadeia
produtiva de plantas medicinais no Paraná.
A ação verificou a presença de
profissionais habilitados na cooperativa, se os agricultores familiares recebem
assistência técnica tanto na produção quanto no processamento e beneficiamento
dos produtos. Também checou se as instalações da cooperativa oferecem condições
mínimas de sanidade para o beneficiamento e transporte da produção. Participaram
também da fiscalização a Vigilância Sanitária Municipal, Secretaria Municipal de
Saúde e Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente.
A cooperativa mostrou boa organização
em infraestrutura, apresentada pela presidente Ivone dos Santos Vaz. Mas esbarra
na dificuldade financeira tanto própria quando da organização não-governamental
IAF (Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoort), que apóia o trabalho dos
cooperados. Além disso, as instituições sentem a carência de profissionais
especializados na atividade do cultivo de plantas medicinais. Quatro técnicos da
prefeitura de Turvo oferecem assistência aos cooperados, mas o número de
profissionais é pequeno, comparado a todo o público de agricultores familiares
dentro e fora da cadeia produtiva de plantas medicinais que são assistidos pelo
município.
“A fiscalização também quer mostrar que
a assistência técnica no Paraná está deficitária em recursos humanos. A maior
parte da produção da cadeia de plantas medicinais no Estado é realizada por
pequenos produtores, que dependem do cooperativismo e do acompanhamento técnico
para o sustento de suas famílias”, disse o agente de fiscalização Ricardo
Araújo.
Após a visita às instalações da
Coopaflora, os fiscais do Crea, acompanhados do facilitador do Núcleo
Especializado em Fiscalização Sudoeste, engenheiro agrônomo Victor Ramos, do
conselheiro do CREA-PR e representante da Aeagro (Associação dos Engenheiros
Agrônomos de Guarapuava), Rodrigo Luz Martins, sugeriram ao secretário municipal
de Agricultura e Meio Ambiente, Jeronimo Gadens do Rosário, firmar o convênio
Campo Fácil. O programa oferece a prestação de serviços agronômicos, através da
contratação de um profissional pela prefeitura, orientado e treinado pela
entidade de classe e o programa Procrea. O secretário demonstrou interesse em
conhecer melhor o convênio e deve estudá-lo para parceria
futura.
João Quaquio - Assessoria de imprensa do CREA-PR Regional
Guarapuava
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