Duração:2’42’’
LOC/REPÓRTER:
O Partido Socialista Brasileiro filiou, neste sábado, a ex-senadora
Marina Silva e integrantes da Rede Sustentabilidade – um movimento
político caracterizado por ampla mobilização na internet e que tentou se
registrar como partido no Tribunal Superior Eleitoral, mas teve o
pedido rejeitado na sexta-feira. O presidente Nacional do PSB e
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse que o partido reconhece a
organização da Rede Sustentabilidade e que respeita os princípios da
sigla liderada por Marina Silva.
TEC/SONORA – Presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos
“Estamos
recebendo a Rede no PSB para fazer uma aliança programática porque nós
reconhecemos a Rede como algo necessário pra melhorar a política no
Brasil. E não foi depois do julgamento do TSE. Nós reconhecemos a
necessidade de a Rede se transformar numa opção de militância no
primeiro momento. A Rede existe porque existe um pensamento organizado,
que a Rede expressa. Nós vamos aprender muito com vocês nessa caminhada.
Sabemos das nossas diferenças, mas sabemos, sobretudo, o que nos une.”
LOC/REPÓRTER:
Para o presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, a
filiação de Marina e dos integrantes da Rede Sustentabilidade à legenda
socialista representa uma reforma na política brasileira e também
significa um momento de grande responsabilidade para ambas as partes.
Eduardo Campos deixou claro que, apesar da filiação e coligação, a Rede
terá liberdade para expressar seus ideais dentro do PSB, para juntos,
pelos próximos meses e de forma democrática, discutirem propostas de
melhoria para o Brasil. Questionada por jornalistas se havia desistido
de disputar a presidência da República nas eleições do ano que vem e se
apoiaria uma possível candidatura de Eduardo Campos, Marina Silva foi
enfática.
TEC/SONORA – Ex-senadora e uma das fundadoras da Rede Sustentabilidade, Marina Silva
“A
minha filiação ao PSB é uma filiação para chancelar uma coligação que
não é pragmática, porque se fosse o pragmático, teria feito uma filiação
em uma outra legenda para sair candidata. Mas é para potencializar um
programa. O PSB já tem um candidato que está posto. E por que não
apresentar o nosso programa a esse candidato?”
LOC/REPÓRTER:
Marina Silva também citou a possibilidade de formar uma chapa política
para 2014, quando perguntada sobre a expectativa de disputar a
vice-presidência nas eleições gerais. Ela ressaltou, no entanto, que o
momento para a Rede e o PSB, agora, é de se debater, construir e
amadurecer o programa que vai reunir sugestões dos dois partidos para o
futuro do Brasil.
Reportagem, Natália Borges.
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