Corinthians: campeão brasileiro de 2011. A quinta conquista do clube foi alcançada neste domingo, com o empate por 0 a 0 com o Palmeiras. Um empate sofrido, suado, mas que colocou ponto final a uma campanha histórica. Campanha que teve um início fulminante, uma fase complicada e a retomada na fase decisiva, quando os adversários tentaram atrapalhar a festa.
Mas a festa aconteceu e em um dia triste para toda a nação corintiana. Morreu neste domingo, horas antes da final, o meio-campista Sócrates, um dos maiores ídolos da histórica do Corinthians. O grande homenageado do dia.
Ao fim de 38 rodadas, o Corinthians liderou 27. Foi constante, consistente e regular, para usar três das palavras mais utilizadas pelo treinador Tite. Um gaúcho que inventou a “treinabilidade”, que deu show nas entrevistas pré e pós-jogo. Um técnico que admitiu precisar de um título de Campeonato Brasileiro para ter maior reconhecimento.
Neste domingo, o reconhecimento chegou pela primeira vez para Tite e para grande parte do elenco corintiano. Mas, para dois jogadores, a conquista é ainda mais especial: Júlio César e Bruno Octávio estavam na conquista de 2005.
O meio-campista Danilo, campeão com o São Paulo em 2006, e o atacante Adriano, destaque do Flamengo que levantou a taça em 2009, também chegam ao bicampeonato. E o atacante Emerson entra para a história como o primeiro tricampeão brasileiro por três equipes diferentes, depois das conquistas por Flamengo, em 2009, e Fluminense, no ano passado.
Para o clube paulista, são agora cinco títulos nos últimos 22 campeonatos.
O jogo
O Corinthians chegou para o clássico de sua possível consagração com três desfalques importantes. O meia Danilo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, deu lugar a Alex; no ataque, Emerson não pôde jogar por suspensão no STJD e foi substituído por Jorge Henique. O volante Ralf, outro suspenso, deu lugar ao zagueiro Wallace, improvisado no meio.
A primeira boa chance do Palmeiras aconteceu na jogada característica do time: a bola parada com Marcos Assunção. O levantamento na área foi bom, mas Wallace – a grande aposta de Tite para a partida – afastou de cabeça.
Apesar de o Corinthians ser o maior interessado na partida, era o Palmeiras quem dominava a partida. Nos 20 minutos iniciais, o clube do Palestra Itália tinha 71% de posse de bola, embora o domínio não se convertesse em grandes oportunidades.
O domínio continuou até o fim da primeira etapa. Mas o Palmeiras passou a ter mais presença ofensiva, sempre nas bolas paradas. Aos 41, em jogada logo após uma cobrança de escanteio, Cicinho e Leandro Amaro tentaram, mas a bola desviou na defesa corintiana e saiu pela linha de fundo.
A grande oportunidade do primeiro tempo, contudo, foi do Corinthians. Willian entrou na área e foi travado na hora do chute. A bola sobrou para Jorge Henrique, que tentou mais uma vez e viu a bola ir para fora da meta defendida por Deola.
No início da segunda etapa, o Palmeiras teve um duro golpe em sua tentativa de atrapalhar a vida do rival. Aos 2 minutos, Valdivia foi expulso após um choque ríspido com Jorge Henrique. Sem o chileno, o Palmeiras perdeu muito da superioridade que apresentava em campo – o Corinthians passou a pressionar mais.
Curiosamente, foi quando o Corinthians passou a se impor que o Palmeiras a chance mais clara de toda a partida. Aos 26 minutos, após cobrança de falta de Marcos Assunção, Fernandão desviou e a bola bateu na trave. No rebote, com Julio César fora do gol, Luan chutou por cima do travessão.
Dois minutos depois, foi a vez de o Corinthians ficar com dez jogadores: Wallace deu uma entrada violenta em Maikon Leite e levou o cartão vermelho de forma direta. Com sua aposta para a partida expulsa, Tite tirou o atacante Willian e colocou Chicão em campo.
Aos 43 minutos, quando o Corinthians já vibrava com o título, Jorge Henrique provocou os jogadores do Palmeiras com um chute no ar. O resultado foi uma confusão que envolveu até jogadores reservas e membros das duas comissões técnicas.
Fonte: ESPN
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