terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vereador é preso pela segunda vez em duas semanas


Oliveira da Ambulância é suspeito de se apropriar de parte dos salários dos assessores. Agora, o vereador estaria tentando convencer os funcionários a mudar os depoimentos
O vereador de Colombo, Joaquim Gonçalves de Oliveira (PTB), conhecido como Oliveira da Ambulância, foi preso nesta segunda-feira (12). É a segunda vez em duas semanas que o parlamentar é detido. Ele é suspeito de se apropriar de parte do salário de três assessores.
Oliveira da Ambulância havia sido detido em 25 de agosto dentro do próprio gabinete na Câmara Municipal pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), constituído pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e pelas polícias Civil e Militar.
Segundo o MP-PR, Oliveira exigia que os assessores retirassem o pagamento do banco e entregassem o valor integral de R$ 3,9 mil a ele. Os funcionários recebiam apenas R$ 1,2 mil. Oliveira foi detido no momento em que os assessores entregavam o dinheiro a ele na 
Câmara de Colombo.
Desta vez a prisão foi efetuada a pedido da Promotoria de Justiça de Colombo, que constatou que o vereador tentava influenciar na produção de provas. Ele estaria tentando convencer os assessores a mudar os depoimentos já prestados. Oliveira foi encaminhado para o Centro de Triagem II, em Piraquara, na região metropolitana.

Denúncias antigas
Um ex-assessor de Oliveira já havia feito uma denúncia contra o vereador pela suposta irregularidade. Em 2008, Nivaldo Vieira da Fonseca Neto contou que recebia apenas R$ 400 do salário que deveria ganhar na Câmara - R$ 3.070 na época. "São ex-assessores que foram mandados embora por mim porque não trabalhavam. São denúncias vazias", reagiu Oliveira, à época da denúncia.
Mesmo assim, Oliveira escapou do processo de cassação por apenas um voto. Oito, dos 13 vereadores, votaram pela perda do mandato, quatro se mostraram contra e o presidente da Casa, vereador Onéias Ribeiro de Souza (PT), não votou. Para a cassação, eram necessários nove votos a favor.
Em junho de 2007, o vereador foi absolvido - também por apenas um voto - depois de ser presoacusado de acorrentar e espancar o enteado de 9 anos. No mesmo ano, Oliveira foi detido por duas vezes.

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