domingo, 18 de setembro de 2011

Celebrações marcam os 25 anos da Pastoral da Criança na Diocese de Guarapuava


A família de Rosângela dos Santos neves, mãe de quatro filho, mora numa casa simples no Loteamento Paz e Bem, periferia de Guarapuava. Marido desempregado, a maior preocupação é com filhos, todos pequenos. O menor ainda é de colo.
A preocupação e as dificuldades financeiras, retrato da maioria das famílias que vivem na periferia e no interior de Guarapuava, encontra um alento nas atividades desenvolvidas pela Pastoral da Criança. A entidade completa 25 anos de existência no Município e celebrações que atraem comitivas da região acontecem na manhã e parte da tarde deste sábado (17), na Paróquia de Santa Terezinha.

Mas nada seria possível se não fosse o trabalho voluntário das líderes. São mães que precisaram da Pastoral da Criança por causa dos filhos e com o passar do tempo começaram a ajudar outras famílias.


Ana Geli, 22 anos, dois filhos, é uma dessas voluntárias. “Comecei trazendo o meu filho mais velho e me sensibilizei com o trabalho das líderes e vi que podia contribuir. Aqui criei amizades, pois tive acompanhamento desde que fiquei grávida”, diz. 
Outra voluntária é Francieli de Morais, 23 anos, mãe de dois filhos. “Me tornei líder porque além de ter ajuda com meus filhos eu me ajudo. A minha filha mais velha precisou de tratamento no Renascer (própria para crianças desnutridas). Vi a necessidade de ajuda para outras mães e assim como obtive, quis ajudar”, afirma. 
Dona Adeli Pereira tem 66 anos e foi a primeira líder no Paz e Bem, depois de atuar na Paróquia Santa Terezinha. “Não vivo sem esse trabalho da Pastoral. Sou líder há 23 anos”, diz.
Ana Pereira, coordenadora da entidade na Paróquia D. Bosco, dedica parte do seu tempo às atividades. Uma delas é a sopa que é distribuída semanalmente, às quartas-feiras, no Paz e Bem. A solidariedade da Pérola do Oeste, empresa do transporte coletivo, é fundamental para as famílias atendidas. A empresa, há mais de seis anos, doa os ingredientes.
“A Pastoral é a minha vida. Se eu pudesse me mudava aqui para o Paz e Bem para me dedicar ainda mais a essas famílias”, diz Ana. 

A PASTORAL DA CRIANÇA
Onde existe criança precisando de ajuda, lá está a Pastoral da Criança, uma entidade ligada à CNBB (Confederação dos Bispos do Brasil). Nem raça, religião, situação financeira ou credo político impedem que as atividades beneficiem o público alvo

De acordo com a irmã Angela Vandressen, coordenadora diocesana da Pastoral da Criança em Guarapuava, a entidade está sempre em busca das crianças que mais necessitam, especialmente nas periferias pobres e bolsões de miséria, tanto no meio urbano quanto rural.
“O nosso trabalho aqui está em 31 municípios com acompanhamento de gestantes e de crianças entre 0 e 6 anos de idade”, diz. São 11.678 atendimentos em 44 paróquias. “Temos 550 comunidades atendidas e 2.650 voluntários. Nossas visitas mensais atingem 10.155 famílias”, afirma.
RSN

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