O Diário Oficial de sexta-feira (01/04) trouxe a publicação de edital de concorrência para a contratação pela VALEC - empresa estatal ligada ao Ministério dos Transportes - de empresa para elaborar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e o projeto básico de engenharia para construção da extensão da Ferroeste, de Cascavel até Maracaju, no estado de Mato Grosso do Sul.
Além disso, o Governo Federal quer o estudo para a construção de novo trecho entre Curitiba e Paranaguá, transpondo a Serra do Mar. Também deverá constar nos estudos a serem realizados, a readequação de todo o trecho entre Paranaguá e Cascavel, para implantar trilhos com afastamento de 1,60 metros, bem como o planejamento da intersecção com a Ferrovia Norte-Sul, cuja construção ficará pronta entre Anápolis (GO) e Itaqui (MA) ainda neste ano e será levada até o Porto de Rio Grande (RS), atravessando o Paraná. A esse respeito, o edital visa contratar também os estudos para a construção da Norte-Sul, de Panorama a Rio Grande.
"Teremos uma nova ferrovia, cortando todo o Paraná, desde o porto até o Oeste e nos conectando a Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, os dois centros de maior produção agrícola naquele estado. Serão mais de 1.100 km de extensão. Com isso, teremos uma oferta de transporte muito melhor que a de hoje e o Porto de Paranaguá receberá uma demanda muito maior de cargas para exportação", comentou a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) que divulgou as informações.
Segundo Gleisi, o Governo Federal deverá investir cada vez mais em ferrovias, e o Paraná e o Mato Grosso do Sul tem que aproveitar o momento. "Além da Ferrovia Norte-Sul, que vai cortar o Brasil, do Pará ao Rio Grande do Sul, o governo já licitou a ferrovia que cruzará a Bahia do mar até o extremo oeste e está licitando outra, que vai atravessar o estado de Mato Grosso, no sentido Leste-Oeste. A VALEC tem investimentos de mais de R$ 10 bilhões previstos para os próximos quatro anos. E nós temos que buscar a parte que cabe ao Paraná ", afirmou Gleisi.
Ainda de acordo com a senadora Gleisi, se a Ferroeste não for beneficiada pelas obras previstas nos estudos a serem contratados, será anulada pela construção da ferrovia Norte-Sul, que terá padrões de engenharia modernos e trens de velocidade muito maiores que os da Ferroeste. Assim, poderá ser mais econômico embarcar mercadorias no oeste do Estado para serem exportadas pelo porto de Rio Grande do que enviá-las a Paranaguá.
O Edital prevê um custo de R$ 6,75 milhões para a realização do estudo do lote referente a Ferroeste. Os estudos deverão ficar prontos em 8 meses, a serem contados a partir da assinatura do contrato. Segundo Gleisi Hoffmann, o Governo Federal discutirá com os governos dos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul, a forma de financiamento das obras, cujo valor pode ultrapassar os R$ 3 bilhões. "Uma ideia é o Governo Federal, através da Valec, aumentar a sua participação no capital da Ferroeste, com recursos do Orçamento, que seriam aplicados na construção", informa a senadora. Essas discussões serão feitas em paralelo à realização dos estudos de viabilidade das obras.
Assessoria de Imprensa Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR)
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