O governador Beto Richa começa a semana com uma boa notícia para o Estado, mas ruim para o ex-governador Roberto Requião. É que Richa concluiu na sexta-feira as negociações com o Banco do Brasil para a renovação, por mais cinco anos, da gestão da folha de pagamento de 151 mil funcionários públicos estaduais. Por esse direito, o BB vai pagar R$ 500 milhões ao Estado, cinco vezes mais que os R$ 100 milhões negociados em 2006 pelo ex-governador Requião. É mais uma prova de que “o amigo do Lula” falava muito, mas na hora da prática não defendia os interesses do Paraná como deveria.
O acordo de Richa com o BB é o melhor já feito por um governo estadual com o banco. O valor per capita a ser recebido será de R$ 3.300,00, bem maior que os R$ 880,00 de Requião (o Paraná tinha 120 mil servidores em 2006) e superior aos R$ 2.400,00 do Mato Grosso do Sul, até então o maior valor que o BB se dispôs a pagar. Richa ainda poderia ter colocado as contas em licitação, mas dificilmente conseguiria valor maior (o Bradesco ganhou as contas de Pernambuco, em novembro do ano passado, pagando um valor de R$ 3.200,00 por funcionário).
Vantagem também sobre negociação de Pessuti
Na comparação com outro negócio recente, Richa também leva grande vantagem. No final do ano passado, o ex-governador Orlando Pessuti entregou as contas de 90 mil aposentados e pensionistas do Estado para a Caixa Econômica Federal por R$ 90 milhões, o que dá um valor per capita de apenas R$ 1 mil.
Nesta segunda-feira, Beto Richa deve criar um grupo de trabalho para negociar com o BB vantagens adicionais para os servidores do Estado. A intenção é ampliar os benefícios já garantidos pelo banco na relação com o funcionalismo, como tarifas mais reduzidas.
Fabiocampana.com.br
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