SUS e rede privada terão cartão único de saúde a partir de 2013

LOC: O CARTÃO ÚNICO DE SAÚDE VAI PASSAR A VALER A PARTIR DO PRÓXIMO ANO NOS SISTEMAS PÚBLICO E PRIVADO.

LOC: A NOVIDADE FOI DEBATIDA NESTA TERÇA-FEIRA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A SITUAÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA.

TÉC: Cada brasileiro que procurar atendimento no Sistema Único de Saúde ou na rede privada vai receber um número de identificação. É o Cartão Único de Saúde, que já está em fase adiantada de implantação, segundo o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Maurício Ceschin. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Ceschin anunciou que, em 2013, as operadoras de planos de saúde devem aderir ao sistema.

(CESCHIN) A partir do próximo ano, as operadoras, na carteirinha do beneficiário, vão colocar o seu número de registro de beneficiário na operadora e o Cartão Único de Saúde. Com o tempo, passados um ou dois anos, o Cartão Único de Saúde, o número, é o número que passa a valer de identificação desse beneficiário.

(REPÓRTER) O senador e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, do PT de Pernambuco, acredita que o novo cartão de identificação vai permitir que, no caso de atendimentos de usuários de planos na rede pública, o ressarcimento ao SUS seja feito na forma de serviços e não em dinheiro.

(H COSTA) As operadoras muitas vezes lançam mão para seus usuários de serviço de excelência, de alta complexidade, dentro do Sistema Único de Saúde, onde muitas vezes esses serviços são realmente bem melhores do que em determinadas áreas, e essas operadoras podem ter algum grau de ociosidade em áreas que são críticas para o SUS. Por exemplo, o atendimento especializado, os gargalos.

(REPÓRTER) O presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar informou que as operadoras pagaram 140 milhões de reais neste ano ao SUS. Maurício Ceschin disse que é um processo demorado, que envolve disputas judiciais em muitos casos. Na opinião dele, o ressarcimento na forma de serviços poderia ser uma saída mais simples para o Sistema Único de Saúde ser compensado pelos atendimentos a usuários de planos privados.


Adriano Faria.
Senado