Após o término oficial da campanha de vacinação contra a gripe, nesta sexta-feira (9), a Secretaria de Estado da Saúde orienta os municípios que intensifiquem a imunização dos grupos prioritários e estendam a oferta da vacina para públicos específicos.
Depois de garantir as doses necessárias para os grupos que ainda não atingiram a meta de 90%, a recomendação é estender a vacina para cobradores e motoristas de ônibus de transporte público, cuidadores de pessoas vulneráveis (como idosos e acamados) e população em situação de rua. A recomendação dos novos públicos foi decidida na reunião da Comissão Estadual de Infectologia, realizada pela Secretaria da Saúde nesta quinta-feira (8), em Curitiba.
“O Paraná atingiu até o momento 88% de cobertura vacinal. No entanto, temos municípios que estão muito abaixo dessa média, o que nos preocupa, principalmente em relação a crianças e gestantes, que apresentam maior risco de complicações pela gripe”, disse o diretor-geral da Secretaria, Sezifredo Paz. Segundo ele, os municípios que não atingiram a meta de vacinar 90% do público prioritário devem intensificar a busca ativa dessas pessoas.
ÍNDICES – Em algumas cidades, como Pontal do Paraná, por exemplo, o índice de crianças imunizadas não chegou a 50%. Em Foz do Iguaçu, somente 45,5% das crianças e 47% das gestantes receberam a vacina da gripe. Em Londrina, 59,8% crianças foram imunizadas e 57,5% gestantes. Na Região Metropolitana de Curitiba, Pinhais e Piraquara registram abaixo de 50% de cobertura vacinal para gestantes.
“É importante que os pais levem seus filhos para serem vacinados. Este é um público que depende da decisão dos adultos para garantir a proteção. Quanto às gestantes, chamamos a atenção para o risco de não tomar a vacina. Durante a pandemia da gripe, em 2009, tivemos muitas grávidas internadas em decorrência da doença e inclusive registramos mortes, o que devemos evitar”, ressalta a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.
A definição de quem tem direito à imunização pelo sistema público está baseada na epidemiologia da doença, ou seja, aqueles que historicamente têm apresentado complicações e até mortes por influenza. A vacina protege contra os vírus que mais circulam no país.
Para o médico infectologista do Hospital de Clínicas, Bernardo Montesanti Machado de Almeida, é essencial que os gestores municipais garantam a imunização dos grupos já definidos.
“Esses grupos são os mais vulneráveis aos vírus respiratórios, que têm maior taxa de mortalidade ou maior capacidade de disseminar a doença”, afirmou. Segundo ele, os idosos, por exemplo, são os mais propensos a complicações que podem levar à morte. “Quanto às crianças, são exemplos de grandes vetores da gripe, onde os vírus têm terreno fértil pra se disseminar entre uma criança e outra, além da possibilidade de agravamento, principalmente com as mais novas e bebês”, acrescentou. ... leia mais »
Fonte: AEN
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