O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni,
disse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (02), que aguardará a decisão
de mérito da Justiça sobre a realização ou não de uma nova eleição para o cargo
de conselheiro do Tribunal de Contas Paraná. “A minha vontade é de fazer uma
nova eleição, mas não quero contrariar a lei. Compete à Justiça decidir. Ficaria
muito bom para a Assembleia e também para o processo de transparência que
implantamos aqui.”
Segundo o presidente, todas as informações solicitadas pelo TJ foram
prestadas. “A Assembleia está colaborando totalmente. Já estão em poder da
Justiça todos os documentos solicitados. Vamos aguardar e respeitar a decisão
dela.”
Em caso da necessidade de realizar uma nova eleição, não há previsão
de data. “Se houver tempo hábil, pode acontecer ainda neste ano”.
Pressão
Rossoni voltou a afirmar o desconhecimento de que houve qualquer tipo
de pressão sobre os deputados para a escolha do conselheiro na eleição que
aconteceu no dia 15 de julho. “Não podemos esconder que é automática a suposição
de pressão quando se trata de alguém próximo da chefia de um Poder. Eu não fui
pressionado, ainda mais porque tive problemas com o ex-presidente do TJ devido
ao aumento do Funrejus e taxas de cartório, que não coloquei em votação em
2012.”
Comissão
Especial
O presidente também disse acreditar no bom trabalho realizado pela
Comissão Especial que analisou a inscrição dos 45 candidatos. “Ela fez um belo
trabalho, com transparência total. Foi a primeira vez que os candidatos puderam
ir à tribuna e até mesmo fazer críticas ao sistema”, lembrou. Segundo Rossoni,
caso seja realizada uma nova eleição, o processo será da mesma forma, com a
possibilidade de deputados serem candidatos e com voto secreto. “Para mudar é
preciso alterar a Constituição Federal.”
Eleição Maurício Requião
Questionado sobre o fato de ter anulado a eleição do conselheiro
Maurício Requião, Rossoni disse que os casos são diferentes e por isso a decisão
de aguardar um parecer final do Tribunal de Justiça. “Na eleição do Maurício
Requião a escolha aconteceu antes da vacância do cargo. Além disso, havia a
questão do nepotismo e do voto aberto, quando deveria ser secreto.”
Sonia Maschke
Jaime Santorsula Martins
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