O Paraná estabeleceu como meta vacinação de 95% do público alvo
O secretário da Saúde em exercício René Santos lançou a campanha sábado (8), em Guarapuava, na região central do estado, onde serão vacinadas mais de 30 mil crianças. Ele informou que o Paraná tem por costume superar as metas de vacinação contra a pólio. “Contamos com a colaboração de todos para que, neste ano, todas as crianças com mais de seis meses e menores de 5 anos sejam imunizadas. A pólio é uma doença grave e graças às campanhas de vacinação está erradicada no Paraná e no Brasil”, enfatizou.
A mãe de Pietra, Antonela e Nataly, 8 meses, levou as trigêmeas para receber a vacina no posto volante do calçadão de Guarapuava. “Sair de casa com elas é uma festa. Cheguei cedinho para garantir a proteção das meninas, pois levo bem a sério o calendário de vacinas”, disse Pâmela Nunes de Lara, 22 anos.
Na Unidade de Saúde da Vila Carli, em Guarapuava, mais de mil crianças receberão as gotinhas durante a campanha. A enfermeira Sueli Martins Ribeiro conta que voluntários e funcionários do posto se unem para imunizar as crianças e para deixar o ambiente mais divertido para elas. “É tradição da comunidade enfeitar a unidade para receber as crianças e familiares no dia da campanha. É uma maneira de aproximar a unidade de saúde da população, pois aqui um lugar de promoção da saúde”, disse.
Emelli Rafaeli Borges da Silva, 2 anos e seis meses, chegou empolgada para receber a vacina neste sábado. Ela estava acompanhada da mãe Salete Aparecida da Silva e do irmão Erick Gabriel da Silva, 8 meses. “Sempre trago meus filhos nesta unidade de saúde porque é perto de casa. Aqui mantenho em dia a caderneta de vacinação deles”, disse a mãe.
O deputado estadual Ademar Traiano levou a neta Marcela Virmond Traiano, 1 ano e 1 mês, para receber as gotinhas no Calçadão da Rua XV, em Guarapuava. “Trazer as crianças é um compromisso dos pais, avós e responsáveis e de toda a sociedade”, disse.
MUDANÇA - Desde o ano passado, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, crianças com menos de 5 anos participaram da campanha.
Neste ano, o público alvo é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses são vacinadas com a dose injetável (VIP) nos postos de vacinação. É importante reforçar que os pais não esqueçam de levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança.
No caso de crianças com doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde para ser avaliado se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38ºC, ou com alguma infecção, também devem ser avaliadas por um médico.
PREVENÇÃO - Não existe tratamento para a pólio e somente a prevenção, com a vacina, garante a imunidade. No Paraná o último caso de paralisia infantil foi diagnosticado em 1986, na Região Metropolitana de Curitiba.
Apesar de não haver registro de casos de pólio há mais de 20 anos no Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais, porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país porque ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
DOENÇA - A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, cujo contágio se dá principalmente pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição, pode até matar.
O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar entre dois e 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em: www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
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