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Bastos foi ministro da Justiça durante o governo Lula e é o advogado do ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado. O advogado é um dos responsáveis pela tese de que o escândalo foi um esquema de caixa dois de campanha, em vez de compra de votos do legislativo brasileiro.
Julgamento
No segundo dia de julgamento do escândalo do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou estar "convencido" pelas provas da existência do esquema.
Gurgel pediu a condenação de 36 deles, livrando Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação no governo Lula, e Antônio Lamas, ex-assessor do PL. Entenda como agiam os principais nomes do esquema:
José Dirceu: Ex-ministro da Casa Civil, Dirceu teria comandado o esquema para a compra votos no Congresso a favor de projetos de interesse do governo. Para o procurador, Dirceu foi a "principal figura" e "mentor" do arranjo. Segundo Gurgel, o ex-ministro não só sabia da suposta cooptação de parlamentares, como também teria ciência da origem do dinheiro usado para a compra dos votos.
José Genoíno: De acordo com a acusação, Genoíno, que presidia o PT quando o suposto negócio ilegal era operado, teria contribuído "decisivamente" para a obtenção dos recursos que teriam sido usados para a compra de apoio parlamentar ao governo. O dirigente petista teria avalizado os supostos falsos empréstimos feitos junto ao Banco Rural e ao BMG. Os recursos teriam sido utilizados para a compra de apoio.
Delúbio Soares: O procurador-geral afirma que Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, fez parte do "grupo criminoso" e teria sido o "principal elo" entre o núcleo político (do qual fariam parte José Dirceu e José Genoíno) e o núcleo operacional (que seria liderado pelo publicitário Marcos Valério, também réu na ação).
Marcos Valério: A acusação considera o publicitário como o principal operador do esquema que eclodiu em 2005, ainda no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de supostamente ter oferecido a estrutura de suas empresas para colocar o esquema em prática, Valério também teria possibilitado o aporte de recursos, uma vez que mantinha contatos com dirigentes do Banco Rural e BMG. Para Gurgel, Valério teria operado o esquema de lavagem de dinheiro que seria entregue a parlamentares.
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