sexta-feira, 14 de junho de 2019

Padre Reginaldo Manzotti Boletim Informativo Semanal - (14/06/19)


Filhos e filhas,

Estamos na semana dos namorados, celebrado nessa quarta-feira, e também de Santo Antônio (13/06), muito conhecido aqui no Brasil como santo casamenteiro. Então essa minha reflexão será sobre os relacionamentos, voltada para esse assunto.
Como expliquei no meu livro “Combate Espiritual no dia a dia”, se há algum tempo buscássemos o significado da palavra “namoro”, encontraríamos como definição o período que antecede o estabelecimento de um vínculo definitivo, no qual duas pessoas aproveitavam para se conhecer nos campos afetivo, social e também espiritual. Esse período levava a um amadurecimento da relação e à decisão de avançar cada vez mais, passando pelo noivado até chegar ao casamento.

Nos dias atuais, esse conceito tem sido violentamente deturpado. Sob o pretexto de uma vida moderna e livre de qualquer tipo de imposição, varreu-se completamente do mapa o simples hábito de namorar alguém. Não existe mais aquela romântica troca de olhares ou um convite tímido para ir ao cinema, que dirá um pedido oficial de namoro. Tudo isso está ultrapassado, e o que determina se duas pessoas estão juntas é a mudança no status do Facebook. E o pior é constatar que cada vez mais os relacionamentos chegam ao fim sem nenhuma cerimônia, às vezes, com uma simples troca de mensagens pelo WhatsApp.

Para a geração de hoje, os relacionamentos começam cedo, ainda na adolescência. Nessa fase de hormônios e descobertas, há uma tendência à indução precoce do namoro e da sexualidade. De repente, aquele filho que, aos olhos dos pais, ainda não passa de uma criança já está pensando em “pegar” na “balada” uma menina com quem mal trocou duas palavras.

Nesse novo contexto, muitos relacionamentos começam virtualmente, nas redes sócias ou mesmo em aplicativos específicos. Não estou afirmando que esse tipo de contato não seja saudável, até porque conheço casais que se conheceram via internet, descobriram uma série de afinidades, partiram para um namoro “presencial” e hoje estão casados, com filhos, muito satisfeitos.

Porém, independente de como um relacionamento começa, o importante é o amor que deve permear toda a união. E sobre isso, cito o Papa Francisco, que cada vez mais nos surpreende com suas reflexões. No seu encontro com jovens em Turim, ele fez uma explanação realista sobre o assunto, dizendo: “O amor consiste nas obras, em comunicar, mas o amor é muito respeitador das pessoas, não as usa (...) não procura usar o outro para o próprio prazer. O amor considera sagrada a vida da outra pessoa: eu respeito-te, não quero usar-te”. (Encontro com os jovens, 21 de junho de 2015).

Finalizo reforçando que o namoro é o tempo ideal para o casal se conhecer, ajustar diferenças de personalidades, estabelecer objetivos e planos futuros, preparando-se assim para o casamento. Não se deve pular etapas, porque o intuito do Inimigo é justamente nos fazer tropeçar e cair da fé, desviando-nos do caminho de Deus e da salvação. A castidade é um dom a ser vivido.

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti.

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