(Foto: Comarca de Cantagalo) |
Após 10 meses do assassinato de Armando Giacomin, na zona rural de Cantagalo, os autores do crime foram condenados pela Justiça a mais de 30 anos de prisão em regime fechado. A decisão foi dada essa semana pela Comarca de Cantagalo e condenou Fernando José Rodrigues, Juliano da Rosa Vieira e Elias Fernando Gonçalves. Eles integravam a “quadrilha do marmita”, que agia na região.
Os três réus respondem pela morte de Armando, ocorrida no dia 22 de maio de 2018, quando os envolvidos invadiram a residência da família na localidade Alto Cavernoso, na BR-277, Km 415. Segundo informações repassadas pela família à polícia na época, cinco homens entraram pelos fundos da propriedade e anunciaram o roubo, amarrando uma das vítimas e levando a outra para um dos quartos. Foi neste momento que Armando Giacomin foi assassinado. Quando uma das pessoas que estavam presas conseguiu se soltar, Armando foi encontrado sem vida.
Os outros dois envolvidos no crime citados pela família não receberam condenação. Isso porque Adilson José Rodrigues, irmão de Fernando, morreu em 4 de julho de 2018, em confronto com a polícia e o quinto envolvido ainda não foi identificado oficialmente. Sabe-se apenas que é conhecido pelo apelido de “Marreta”.
Segundo a Comarca de Cantagalo, os condenados estão presos na Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul há sete meses e 20 dias. Com a decisão judicial do caso, eles devem ser transferidos, mas ainda sem destinação confirmada.
Na decisão da última segunda (11), Fernando José Rodrigues foi condenado a 31 anos e 9 meses de prisão. Juliano da Rosa Vieira recebeu pena de 31 anos e dois meses e Elias Fernando Gonçalves teve como decisão final da Justiça a prisão de 31 anos e 11 meses. Além disso, os réus terão que pagar “solidariamente à cada uma das vítimas Orlei Giacomin e Rita Guaraci Giacomin, o valor de R$ 499.000 (quatrocentos e noventa e nove mil reais), a título de danos morais, corrigido monetariamente a partir desta data”, diz trecho da sentença.
O Ministério Público (MP), por meio do promotor Rafael Alencar Rodrigues, entrará com recurso contra a decisão para que a condenação seja ampliada.
QUADRILHA DO MARMITA
Segundo informações levantadas durante a investigação do caso, os três réus integravam um bando criminoso conhecido como “quadrilha da marmita”, suspeito de cometer outros crimes na região. De acordo com o depoimento de um dos policiais que integra a investigação, havia “suspeitas dos acusados por terem ocorridos outros crimes na região, feitos do mesmo modo e inclusive a rota de fuga era a mesma”, declarou.
Outros policiais declararam contato com os acusados “em atendimento à ocorrências das cidades de Candói, Cantagalo, Virmond e Foz do Jordão; todas essas pessoas agiam nessas cidades”.
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