quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Senadores apoiam prioridade para cursos no interior do país



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LOC: SENADORES APÓIAM PRIORIDADE PARA CURSOS DE MEDICINA NO INTERIOR DO PAÍS, MAS COBRAM UMA POLÍTICA PARA MANTER O PROFISSIONAL NESSAS REGIÕES.

LOC: O MINISTRO DA EDUCAÇÃO, ALOISIO MERCADANTE, ANUNCIOU QUE A PARTIR DE AGORA A ABERTURA DE NOVAS VAGAS ESTARÁ CONDICIONADA A LOCALIDADES ONDE HÁ CARÊNCIA DE MÉDICOS. REPÓRTER NILO BAIRROS:

(Repórter) O Ministério vai usar os dados do censo da Educação para definir quais regiões vão ganhar prioridade no lançamento de editais para novos cursos de medicina. No censo de 2011, o Maranhão aparece como o estado que tem menos médicos por grupo de 100 mil habitantes. No interior do estado, são cerca de 3.400 habitantes para apenas um profissional da área, enquanto a Organização Mundial da Saúde aponta que é necessário um médico para cada grupo de mil pessoas. 

O inverso acontece no centro sul, regiões que concentram 70% dos médicos formados no país. O assunto fez parte do encontro dos prefeitos com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada. Eles reclamam que nem mesmo os incentivos oferecidos pelas prefeituras conseguem atrair esses profissionais para o interior. O senador Antonio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe, elogiou a iniciativa, mas concorda que fixar o médico nas pequenas cidades não é tarefa fácil:

(Antonio Carlos Valadares) Eu acho que é uma ideia boa, vai amenizar a situação, muito embora os prefeitos têm dificuldades em contratar médicos, precisa ter um salário muito bom. Não querem ir para o interior, se formam, fazem residência e ficam nas capitais. Agora, o médico que se fixa no interior tem várias atividades, ele trabalha no hospital, tem sua clínica e acaba ganhando dinheiro. No interior o mercado de trabalho melhorou muito.

(Repórter) O senador e médico Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, lembra que o Brasil é o segundo país com maior número de faculdades de medicina, 187 ao todo. Na opinião de Paulo Davim, o que falta é uma política de interiorização desses profissionais, com segurança jurídica para que eles não fiquem reféns da política municipal:

(Paulo Davim) Portanto eu defendo uma carreira de estado. Nesse país, é assim com magistratura, com ministério público, é assim com os procuradores, é assim com delegado, com tantas outras carreiras. Então, na hora em que se estabelecer uma carreira não vai faltar médico no interior, não vai faltar enfermeiro. Já viu algum jovem fazer concurso para juiz e se recusar a ir porque é no interior? Nunca acontece isso...

(Repórter) O Ministério da Educação deve agora lançar edital para informar onde poderão ser abertas novas vagas para o curso de medicina.

Senado:
Nilo Bairros.

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