sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Permitir a alteração da LDO é a desmoralização do Congresso, alerta Aécio



São Paulo (SP) - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, condenou nesta sexta-feira (14/11), em São Paulo, as manobras do governo, com apoio da base aliada, para tentar alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para Aécio, aprovar a alteração da LDO é desmoralizar o Congresso Nacional. Se o governo insistir em sua estratégia, a oposição poderá recorrer à Justiça e deflagrar um trabalho de obstrução das votações no Parlamento, alertou ele.

"A LDO foi aprovada após uma ampla discussão no Congresso Nacional e tem que ser cumprida. E nós vamos exercer, portanto, o nosso papel de oposicionistas garantindo o seu cumprimento. Então, a posição das oposições é: obstrução inclusive das discussões na Comissão até que essa questão seja resolvida. E obviamente, nosso posicionamento será contrário à modificação da LDO", antecipou Aécio.

E acrescentou: "Impedir a aprovação da modificação da LDO é defender as prerrogativas do Congresso Nacional e defender a lei. As consequências obviamente terão que ser, amanhã, exercidas pela Justiça. Nós vamos exercer o nosso papel de oposicionistas com absoluto vigor, sem adjetivações".

Responsabilidades

Aécio reiterou que é necessário ter responsabilidade com o Orçamento da União. Ele lembrou que a LDO permite que se movimente até 20% dos recursos no esforço de cumprir o superávit e que, no passado, o governo fez essa ação e não cumpriu com a meta.

"O governo já fez essa movimentação e não cumpriu o superávit. O Brasil não pode virar a 'casa da mãe Joana' onde o governo acha que, com a sua maioria, faz o que quer no Congresso Nacional", afirmou Aécio Neves. "É o mesmo governo que dizia que o desmatamento no Brasil tinha diminuído" , acrescentou. "Então, houve, sim, um estelionato nessa campanha."

Segundo Aécio, é o momento de todos assumirem suas responsabilidades. "O governo, até um mês atrás, dizia que cumpriria a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O ministro da Fazenda dizia isso durante a campanha eleitoral", relembrou.



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