quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Lava Jato denuncia Lula e mais oito por propinas da Odebrecht


Réu em três ações penais na Justiça Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado nesta quarta-feira mais uma vez pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato. O petista é acusado pela força-tarefa da Lava Jato dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido beneficiado com propinas da empreiteira Odebrecht na compra de um terreno onde seria construído o Instituto Lula e na aquisição de uma cobertura vizinha à sua no edifício onde mora, em São Bernardo do Campo. Na peça apresentada ao juiz federal Sergio Moro, a quem caberá aceitar ou não a denúncia, os procuradores voltaram a afirmar que Lula “capitaneou” o bilionário esquema de corrupção na Petrobras.

“Nesse contexto de atividades delituosas praticadas em prejuízo da Petrobras, Lula dominava toda a empreitada criminosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias”, escrevem os investigadores.

Além de Lula, foram formalmente acusados pelo MPF o ex-ministro Antonio Palocci, também denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e advogado do petista, Roberto Teixeira, ambos denunciados por lavagem de dinheiro, e outras quatro pessoas.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, parte dos 75,4 milhões de reais em propina pagos pela Odebrecht sobre contratos com a Petrobras foram usados na compra, em 2010, de um terreno na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), onde seria erguido o Instituto Lula. O dinheiro teria sido desviado de obras como a terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, além da construção de plataformas de perfuração e da montagem de um gasoduto.

O acerto que beneficiou Lula teria sido intermediado por Palocci, auxiliado por seu assessor Branislav Kontic, também denunciado pelo MPF pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Apesar da compra do terreno, o Instituto Lula acabou sendo construído em outro endereço, no bairro do Ipiranga, na capital paulista.

Os procuradores afirmam que a aquisição foi feita pela DAG Construtora, do empresário Demerval Gusmão, com recursos da Odebrecht. Com base em anotações feitas pelo ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, que fechou acordo de delação premiada, e planilhas apreendidas na sede da DAG, o Ministério Público Federal afirma que, entre compra e manutenção do imóvel, a Odebrecht gastou 12,4 milhões de reais. Veja Completo...

Fonte: veja.abril.com.br

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