Essa é a segunda condenação por danos morais contra Requião em menos de seis meses. Em outubro do ano passado, o ex-governador foi condenado a pagar R$ 40 mil ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também por danos morais (veja mais no quadro ao lado).
No processo, Requião alegou que “a situação em voga não passou de um debate político” e ainda que a ação não poderia prosperar porque “críticas como a realizada são inerentes às pessoas que optam pela vida pública”. O ex-governador Jaime Lerner, por sua vez, sustentou que Requião teve intenção de caluniá-lo ao “atribuir-lhe crime que não foi cometido, já que nunca foi condenado por roubo, furto, peculato, corrupção ou qualquer outro crime”.Dessa vez, o senador paranaense foi condenado porque durante uma inauguração de subestações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) em 2010 afirmou pensar que Lerner estava preso. “Eu não soube que o Lerner tinha publicado um artigo, eu na verdade pensei que ele estava preso. Tá condenado a nove anos de cadeia”, disse o peemedebista.
No despacho, a magistrada descreve que Requião fez as alegações contra Lerner “com a evidente intenção de causar prejuízo a outrem, devendo, portanto, responder por seus atos”.
Outro lado
A condenação foi tema de discurso ontem do ex-governador no Senado Federal. No plenário, Requião contou o caso que gerou a condenação e reclamou da demora da apuração de denúncias que fez. “Como governador denunciei inúmeros crimes contra o erário. Juízes insistem em dizer que o governador Roberto Requião tem que ser condenado porque não poderia ter chamado um ladrão de ladrão antes de ele ser condenado em instância final”, disse.
No microblog Twitter, Requião também comentou a sentença. “Querem condenar quem denuncia patifarias, não quem as comete. Justiça invertida”.
Fonte: Gazeta do Povo
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