Parte da lentidão se deve ao fato de que os investimentos iniciais do governo federal não estão sendo suficientes para arcar com os gastos totais dos projetos. Com o aumento dos custos das obras – não previstos anteriormente –, a conta está ficando com as prefeituras e governos estaduais. Segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), a inflação de preços da construção civil foi de 35,7% entre o período de lançamento dos projetos (agosto de 2007) e junho deste ano.
Com dificuldades em manter as obras pelos preços licitados, as construtoras e companhias públicas de habitação passaram a discutir os contratos, tendo renegociado alguns e rompido boa parte deles. Com um representativo volume de obras inacabadas e a negativa do governo federal quanto a novos repasses, as cidades e estados têm decidido por iniciar licitações suplementares, sob a justificativa de garantir a entrega das residências.
Gazeta do Povo
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