quinta-feira, 7 de julho de 2011

Agronegócio perde R$ 1,2 bilhão

As fortes quedas de temperatura que provocaram geadas no Paran? entre os dias 27 e 28 de junho atingiram as lavouras de milho, da segunda safra, e trigo, principalmente nas regi?es Oeste e Norte do Estado, onde se concentram essas culturas nesta ?poca do ano. Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) divulgado nesta quarta-feira (06) a produ??o de milho da segunda safra teve uma quebra de 35% e as lavouras de trigo perderam 9% da produ??o esperada para 2011.Foto: Jonas Oliveira/AENot?cias
Prejuízo da geada e da seca chega a 34% no milho e a 8% no trigo. Renda anual do setor deve ser reduzida em 4,5% pelo impacto também nas pastagens, cafezais e outros cultivos
As duas geadas da semana passada e a estiagem de maio provocaram estrago avaliado em R$ 1,2 bilhão no milho e no trigo no Paraná, conforme levantamento divulgado ontem pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os dados não incluem as geadas desta semana e são preliminares (podem ter ajustes). Se consideradas todas as culturas, as perdas, concentradas nas regiões Oeste e Norte, podem passar de R$ 2 bilhões, avaliam técnicos e produtores.
O maior prejuízo foi verificado no milho. As cotações em alta estimularam aumento de 27% no plantio, que somou 1,7 milhão de hectares. Mas a previsão de colheita teve de ser reduzida de 8,12 milhões para 5,31 milhões de toneladas, com perda de 34,6% – sendo 8,4 pontos atribuídos à falta de chuva e 26,2 à geada. A diferença é de 2,81 milhões de toneladas ou 46,8 milhões de sacas, que poderiam render R$ 1,11 bilhão aos produtores.

O trigo paranaense, que teve área reduzida em 12% (para 1,02 milhão de hectares), renderia 2,86 milhões de toneladas, mas deve se limitar a 2,61 milhões. Houve quebra de 8,7%. São 2 pontos da seca e o restante das geadas. As 250 mil toneladas que deixarão de ser colhidas poderiam render R$ 111 milhões, estima o Deral.
Desde que a notícia da quebra provocada pelas geadas se espalhou, há uma semana, as cotações subiram 0,74% e 1,37%, respectivamente, no estado. O milho estava cotado ontem a R$ 23,94 (saca de 60 quilos), valor 83% superior ao de julho do ano passado, enquanto o trigo alcançava R$ 26,73, com alta de 20,25% em um ano.
Gazeta do Povo

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