José Gustavo, de 8 anos, e a mãe Anelise Oliveira: moradores de Ventania, eles terão de se mudar para continuar o tratamento de uma doença rara no coração do menino
Os chamados “gargalos da saúde” são visíveis principalmente em Curitiba, cidade que sozinha recebeu 69% dos recursos. Considerando a natureza do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que é referência para cirurgias e tratamentos de alto risco e alto custo no estado, o total recebido não traz surpresas. A maior parte da demanda, porém, é formada por atendimentos de média complexidade, contrariando a própria vocação da instituição hospitalar junto ao SUS: de janeiro a abril, foram 5.158 internações para cirurgias e tratamentos deste tipo. Enquanto isso, ocorreram 833 procedimentos de alta complexidade no hospital, como neurocirurgias, transplantes de órgãos e operações do coração.
“O HC está inserido no sistema SUS para receber casos de alta complexidade. O problema é que cirurgias mais simples, como de amígdala, acabam sendo feitas aqui, principalmente por pacientes da região metropolitana. Isso acaba gerando uma concorrência por leitos que deveriam ser ocupados prioritariamente para cirurgias de risco”, explica a diretora de Assistência do HC, Mariangela Honório Pedrozo.
Gazeta do Povo
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