Publicado em 12/05/2015 17:10
O governador Beto Richa disse nesta terça-feira (12), durante entrevista em Brasília, que o governo estadual está dialogando com o sindicato dos professores para a retomada imediata das aulas nas escolas estaduais do Paraná. “Nós continuamos com o diálogo, estamos confiantes que o sindicato possa encerrar a greve, porque não dá mais para suportar esta situação”, afirmou.
Richa lembrou que mais de um milhão de alunos estão sem aula, e que os pais estão impacientes por ver seus filhos fora da escola. O governador disse que o diálogo com os professores existe desde o início do governo. “Atendemos praticamente com a integralidade dos itens que compõem a pauta de revindicações dos professores”. Ele citou como exemplo o aumento de 60% nos salários dos professores e ampliação de 75% na hora atividade. “Concedi nos últimos quatro anos o maior aumento salarial no Brasil para os professores, o maior na história do Paraná. Equiparamos com técnicos de nível superior o salário dos professores”, disse o governador.
Além dos avanços salariais e na hora atividade, Richa destacou que o governo melhorou a qualidade da merenda escolar e triplicou o repasse aos municípios para o transporte escolar. “O diálogo e respeito eu mostrei na prática que tenho aos professores e à educação do Paraná”. A motivação da greve também foi questionada. “Agora a greve não tem objeto, cada hora é uma coisa diferente, uma pauta distinta. Uma greve política”, avaliou o governador.
Richa defendeu o projeto da Previdência aprovado pela Assembleia Legislativa semana passada. “O risco de prejuízo e retirada de direitos dos servidores é zero”, avaliou. Ele explicou ainda que vários senadores disseram que copiaram para seus estados o sistema de previdência do Paraná. “É um sistema que garante segurança aos nossos servidores. Hoje o Fundo Previdenciário é um dos mais capitalizados do Brasil, é um dos que tem a maior solvência”, afirmou.
O governador voltou a reprovar o incidente ocorrido no Centro Cívico que deixou pessoas feridas durante a manifestação. “Foram cenas que todos nós repudiamos, todas as pessoas de bem. Temos tolerância, respeito às pessoas e sabemos conviver bem com as opiniões contrárias”, disse. Há um inquérito ocorrendo na Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público que vai avaliar eventuais excesso do abuso. “O mais machucado neste episódio sou eu, ferido na alma pelo que vi ali e pelo desgaste que hoje me traz”, afirmou.
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