Fomento Paraná cria linha para apoiar afetados por catástrofes ambientais

26.09.- JULIANE

O Conselho de Administração da Fomento Paraná aprovou a criação da linha de crédito Microcrédito Fomento Recupera. A nova linha, aprovada nesta quarta-feira, é destinada a apoiar microempreendimentos, formais ou informais, nos municípios paranaenses onde for decretada situação de emergência ou calamidade pública provocada por catástrofes ambientais. O objetivo da instituição é ter uma ferramenta permanente que permita oferecer respostas rápidas para apoiar a recuperação dos empreendimentos de menor porte, para ajudar a manter a atividade econômica, os empregos e a renda nestas situações excepcionais. 

Heraldo Neves, diretor administrativo e financeiro e presidente em exercício da Fomento Paraná, disse que a instituição já atuava pontualmente neste sentido, por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico. O fundo foi usado para apoiar os empreendedores em situações como as enchentes de março de 2011, que provocaram grandes prejuízos nos municípios do litoral, e em junho de 2014, quando mais de 150 municípios foram afetados por inundações. Além de oferecer crédito aos empreendedores afetados, a linha FDE-Recupera também foi usada para apoiar os municípios, com oferta de financiamentos a juro zero para recuperar equipamentos públicos, e a possibilidade de uma moratória no pagamento de financiamentos em andamento na instituição.

“A decisão de criar a linha permanente é uma medida para tornar mais rápido e menos burocrático o atendimento a pessoas e empresas atingidas nesses eventos”, explica Neves. “Além disso, também abre a possibilidade de captar dinheiro de instituições como o BNDES e bancos federais para esses casos específicos, além do uso de recursos próprios da instituição”, diz ele.

O Microcrédito Fomento-Recupera é uma linha de financiamento de microcrédito tipo giro puro, que permite que o uso dos recursos seja de livre escolha dos empreendedores. Os prazos e taxas são diferenciadas para atender microempreendedores paranaenses, formais e informais, de municípios que, por alguma razão, se encontrem em situação de emergência ou de calamidade pública, homologada por decreto municipal, estadual ou federal. A condição de empreendimento afetado deverá ser atestada por meio de visita do agente de crédito responsável pela operação.

 (Repórter: Juliane Silva)