terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Crise com PMDB faz Dilma cancelar segunda reunião

No lugar, foi convocada uma reunião reduzida para discutir a relação da presidente com os peemedebistas
Brasília. A crise envolvendo o PMDB fez a presidente Dilma Rousseff cancelar a segunda  reunião de coordenação de governo desde que assumiu a Presidência. No lugar, foi convocada uma reunião reduzida para discutir a relação com os peemedebistas. O partido reivindica assento no grupo, núcleo duro do Executivo, mas Dilma já avisou que não acatará a demanda.

Marcada para 10h15 de ontem, o encontro da coordenação saiu da agenda. Em seguida, o Planalto divulgou que Dilma se reuniria, às 11h, com o vice-presidente Michel Temer -único do PMDB na coordenação.

O PMDB está insatisfeito com a distribuição dos cargos de segundo escalão. Já perdeu espaço nos Correios, deve ficar sem a Funasa e pode deixar de controlar estatais do setor elétrico, como a Eletrobrás.

Os primeiros movimentos da presidente mostram resistência em se curvar às pressões peemedebistas. Ela tem sinalizado a interlocutores, porém, que deseja abortar qualquer foco de crise por temer reflexos na eleição à presidência da Câmara e na votação de projetos importantes no Congresso, como o novo salário mínimo.

Sobre o pedido do PMDB de ampliar a coordenação de governo, a presidente chegou dar o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) como exemplo. Antes integrante do grupo por comandar o Planejamento, ele perdeu lugar nas reuniões palacianas por ter trocado de ministério. Participam do núcleo duro de governo a presidente, o vice, os titulares da Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Justiça, Relações Institucionais, Secretaria-Geral, Comunicação Social, além do chefe do gabinete presidencial.

Reforma Tributária
Além da reunião com Temer, Dilma fez ontem sua primeira reunião com uma equipe de ministros para discutir uma proposta de reforma tributária. Participaram os ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Miriam Belchior (Planejamento) e Palocci, além do secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa.

A presidente deve enviar uma nova proposta ao Congresso e definiu como prioridade pelo menos três pontos: unificação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), desoneração da folha de pagamento e redução de impostos sobre investimentos.
Fonte:
Diario do Nordeste.globo.com

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