O fenômeno El Niño, responsável por manter a anomalia positiva de temperatura das águas do Oceano Pacifico Equatorial, segue resistente e já provoca reflexos no extremo sul brasileiro.
O evento de chuva extrema que atingiu municípios do sul e sudeste de Mato Grosso do Sul e do noroeste e norte do Paraná nos últimos dias, com acumulados de quase 300 milímetros, já é reflexo do comportamento anômalo esperado sendo um dos principais impactos do fenômeno, garantem os pesquisadores. Diversos municípios do Paraná e de Mato Grosso do Sul acumularam prejuízos com os alagamentos, principalmente de quinta (02) e sexta-feira (03).
As simulações numéricas não animam os produtores rurais e as famílias que já perderam tudo com as chuvas dos últimos dias.
O norte-americano GFS, por exemplo, estima em precipitação bastante expressiva ao longo das próximas 168 horas entre os estados de Santa Catarina e o Paraná, com valores acima de 150 milímetros e extremos de até 200 mm, principalmente sobre as regiões de Chapecó, Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste, no lado catarinense e Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon, Palmas e Pato Branco, no lado paranaense.
A chuva também pode voltar a cair em maior quantidade nas demais regiões de ambos os estados e em parte da metade norte do Rio Grande do Sul, sul de Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo.
A precipitação tende a atingir as áreas citadas em dois momentos. O primeiro entre esta segunda-feira (06) e quarta-feira (08) e o segundo entre sábado (11) e segunda-feira (13).
Devido ao tempo bastante instável verificado nos últimos dias e a vulnerabilidade natural, devido, principalmente, ao relevo e a falta de infraestrutura, vários municípios poderão acumular transtornos com a chuva prevista, tais como alagamentos, enxurradas, deslizamentos ou até mesmo desabamentos de construções, conforme mostra o histórico de eventos anteriores.
(Crédito da imagem: Reprodução/IGES/COLA)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)
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