Passadas as eleições, mesmo tendo que enfrentar o segundo turno para a escolha do Presidente da República, a temporada agora é também para as “costuras” de quem terá a representatividade e o poder para coordenar os núcleos regionais do Governo do Estado.
Em Guarapuava a disputa será entre o grupo Silvestri e a vereadora Maria José Mandu Ribas, presidente do PSDB. Líder do “Grupo Carlista”, conhecida pela fidelidade extrema ao prefeito Fernando Ribas Carli, Maria José tem como peso contrário o fato de Carli ter explicitado o seu apoio ao candidato derrotado Osmar Dias, mesmo que seu filho Bernardo, que era candidato a deputado estadual, pertencer ao PSDB do governador eleito Beto Richa. Outro ponto desfavorável foi o apoio de Carli e, consequentemente, do seu grupo, ao senador eleito Roberto Requião (PMDB) em detrimento ao então candidato tucano Gustavo Fruet. Até as édras do Jordão sabem que Carli abandonou a campanha de Beto Richa tão logo as pesquisas começaram a apontar a “subida” do pedetista Osmar Dias. Pecou por cantar a vitória antes da hora. E como ouvi esse refrão….
O apoio a Osmar Dias se desenhou desde o início da campanha eleitoral quando o prefeito “liberou” lideranças políticas que compõem o seu “staf” para a campanha de Osmar Dias. O líder da bancada “carlista” na Câmara de Vereadores, Elcio Melhem, que pertence ao mesmo partido do prefeito, o PP, foi uma delas. Por que com Maria José seria diferente?
Quem sai ganhando nesse cenário é o deputado federal Cezar Silvestri (PPS), amigo pessoal de Beto Richa e principal apoiador da candidatura tucana desde o tempo em ambos eram deputado estadual. A afinidade política entre os dois pode ser comprovada antes das convenções que homologaram as candidaturas. Em Guarapuava, numa das passagens pelo aeroporto Tancredo Tomas de Faria, mesmo na presença de Maria José, o hoje governador eleito, já declarava que Cezar Silvestri seria um dos nomes para ser o seu candidato a vice.
“O César Silvestri é um político honesto, comprometido, trabalhador e fiel aos seus princípios”, descreveu Beto Richa durante uma das entrevistas concedidas a esta jornalista.
A fidelidade mencionada por Richa pode ser comprovada durante o processo de coligações. Silvestri chegou a anunciar pela imprensa que mesmo que o PPS não optasse pela coligação em prol do “tucano” a sua postura continuaria sendo a de apoio a Beto Richa, o que lhe valeu um “puxão de orelha” dentro do Partido. Mesmo assim, Silvestri não se intimidou. Em seguida, “arregaçou as mangas” e foi o principal mentor dentro das hostes pepessistas para a composição com o PSDB, dedicação que se verificou durante toda a campanha eleitoral em Guarapuava e nos demais municípios que compõem a sua base eleitoral.
Some-se a isso a representatividade política de Silvestri em Guarapuava. Apesar de Carli ter “mapeado” o município e ter facilitado a “invasão” de paraquedistas que tiveram como cabos eleitorais vereadores do município, Silvestri conquistou 61% dos votos válidos, superando o seu próprio recorde que era de 48% nas eleições de 2006.
Mas o peso-pesado na conquista da representatividade política em Guarapuava e região foi a votação expressiva do advogado e presidente do PPS no município, César Filho. Na matemática eleitoral o novo deputado somou três vezes a votação do segundo colocado em Guarapuava, Bernardo Ribas Carli, mais a votação do deputado reeleito Artagão Junior e ainda uma diferença de mais 5 mil votos sobre os demais candidatos locais. César Filho também foi campeão de votos entre os apoiadores de Beto Richa nos municípios de Candói, Pinhão, e Prudentópolis e Manoel Ribas.
Esse resultado cacifa César Filho a indicar os novos representantes para os núcleos regionais do Estado em Guarapuava, força que vinha sendo exercida há oito anos pelo deputado Artagão Junior (PMDB).
Postado Cristinaesteche.com
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