Fonte: CATV
As cerca de 250 pessoas ligadas à Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), começaram a desocupar a Fazenda São Jorge, na Linha Tapuí, em Quedas do Iguaçu, no fim da manhã de sábado (7).
O grupo entrou na propriedade por volta das 5 horas da manhã e utilizou da violência e disparos de arma de fogo, segundo a Polícia Militar. O morador da residência recebeu golpes, conhecidos como coronhadas, e não deixou o imóvel, mesmo sob ameaças dos ocupantes.
Vídeos mostram a mobilização de diversas pessoas no local, inclusive crianças. A equipe do Catve.com, que acompanhou a situação no local, flagrou o momento em que diversos veículos começaram a sair.
Forças de segurança de Cascavel, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul foram deslocadas e realizaram bloqueios no tráfego da região. Drones também foram utilizados para monitorar a situação.
O Catve.com tentou contato com a Frente Nacional de Luta (FNL) através das redes sociais e e-mail, porém ainda não obteve resposta.
Uma família foi coagida com o uso de violência e arma de fogo durante a ocupação na Fazenda São Jorge, em Quedas do Iguaçu (PR), segundo a Polícia Militar. Este é mais um episódio dos conflitos históricos envolvendo movimentos sociais e propriedades rurais no município.
O trabalhador rural foi agredido com coronhadas.

A propriedade foi ocupada por cerca de 300 pessoas, sendo que a PM foi acionada para intermediar o caso às 5h da madrugada deste sábado (7). A força de segurança informou ao Catve.com que os homens envolvidos na ação se posicionaram atrás de mulheres e crianças.
Cerca de dez famílias já deixaram a área. Além disso, aproximadamente 20 carros que estavam na sede abandonaram a ocupação. Os invasores saíram voluntariamente.
"Eles passaram por uma barreira da Polícia Militar, foram identificados e, na sequência, liberados. Nem a imprensa teve acesso ao local onde está acontecendo essa mobilização", reportou Antônio Mendonça, do Catve.com.
Policiais militares de seis cidades (Assis Chateaubriand, Cascavel, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Toledo) reforçaram o patrulhamento, contando com apoio de batalhões especializados. A Polícia Civil também foi mobilizada.
A estrada que passa em frente à propriedade foi interditada como medida de contenção. Havia pelo menos três pontos de bloqueio montados pelas forças de segurança.

Os ocupantes se identificam como integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). O movimento afirma lutar pela reforma agrária e urbana no Brasil.
Em áudio que circula entre membros do Movimento Sem Terra (MST), o coordenador regional Jonas Fures declarou que o MST não tem ligação com a ação. "Nós não estamos organizando novas ocupações."
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) informou que, mediante negociação, a desocupação ocorreu de forma pacífica no fim da manhã. "As forças de segurança seguem com diligências para apurar os fatos e garantir a tranquilidade na região".
O Catve.com entrou em contato com as assessorias do FNL e do MST, e ainda não obteve retorno.
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