Em entrevista nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, aos jornais O Estado de S.Paulo, O Globo eFolha de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o governo demorou em reconhecer a gravidade da crise econômica no ano passado. "Errei em ter demorado tanto para perceber que a situação era mais grave do que imaginávamos. Talvez, tivessemos que ter começado a fazer uma inflexão antes. Não dava para saber ainda em agosto, não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. Talvez setembro, outubro, novembro", afirmou.
A petista também afirmou que o corte no número de ministérios enxugará 5% do total de cargos comissionados - de livre nomeação e exoneração na gestão pública. "A reforma ministerial vai extinguir cerca de mil, dos cerca de 22.500 cargos comissionados", disse.
Dilma negou a possibilidade de afastamento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Questionada se havia fundamento nos rumores que movimentaram o mercado financeiro hoje, Dilma foi categórica: "Isso é mentira".
A presidente frisou que a mudança ministerial tem caráter estruturante e confirmou que "à primeira vista" pretende reduzir dez ministérios. "Vamos passar todos os ministérios a limpo", afirmou Dilma, segundo quem haverá redução de secretarias em ministérios que não serão extintos. "Até setembro anunciaremos os ministérios que serão cortados."
Questionada sobre o envolvimento de petistas no propinoduto da Petrobras, Dilma disse ainda que "lamenta profundamente".
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