sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Beto Richa diz que nem ajuda do Lula fará Osmar deslanchar

O candidato Beto Richa, do PSDB, durante sabatina ontem para o portal UOL: críticas a Osmar e Requião.

O candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa, disse ontem acreditar que a popularidade do presidente Lula não deve influenciar no crescimento nas pesquisas de seu principal adversário, Osmar Dias (PDT). “Temos todo o respeito pelo presidente, ele está com grande popularidade, mas acredito que isso não terá reflexo”, disse ontem em sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal UOL. Beto foi então questionado pela pouca utilização do presidenciável José Serra (PSDB) em seus programas do horário eleitoral. Beto negou que esteja “escondendo” a imagem de Serra. “Eu não preciso de bengala. Meu adversário está o tempo todo falando da Dilma. Eu o uso (Serra) na campanha conforme o pessoal da comunicação acha adequado. O espaço é para eu me apresentar. Não estou agarrado na garupa de outro candidato porque não consigo crescer aqui”, respondeu.

Em relação ao pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff (PT), feito por conta de quebra de sigilos fiscais na Receita Federal e que o PSDB protocolou no Tribunal Superior Eleitoral, Beto disse que todos têm o direito de recorrer à Justiça quando se sentem prejudicados. “Não são as primeiras infrações cometidas em período de campanha. Houve uso da máquina administrativa, do presidente em palanque oficial pedindo votos para a candidata (Dilma). São infrações sucessivas que vem sendo cometidas”, acusou.

Na sabatina feita com Osmar, o candidato do PDT havia mais uma vez criticado Beto por não ter permanecido na prefeitura de Curitiba para terminar seu mandato, até 2012, conforme prometido pelo candidato do PSDB. O assunto voltou a ser abordado durante conversa com Beto Richa ontem. “Quem mente tem que ter boa memória. Ele (Osmar) foi candidato a governador nas eleições de 2006. Foi de brincadeirinha ou era para vencer as eleições? Vencendo, ele iria renunciar a quatro anos do mandato de senador. Vamos parar de dissimulação”, comparou.

Senado

Na corrida para o Senado, os dois candidatos da coligação de Osmar, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) aparecem em pesquisas na frente dos candidatos apoiados por Beto, Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (PP), o que rendeu comentários do candidato do PSDB. “Eles estão jogando pesado para ampliar a bancada no Senado, porque foi a Casa que mais fiscalizou, que mais apontou os erros e discutiu os problemas do Brasil. É fundamental termos bancadas consistentes de oposição e acredito na possibilidade concreta de eleger nossos candidatos ao Senado”, disse. Beto provocou Requião e justificou que seus candidatos ainda aparecerem atrás nas pesquisas porque “saíram depois na disputa”. “Era para o ex-governador, que estava aí há oito anos, estar melhor posicionado nas pesquisas. Se você avaliar em outros estados, o governador que ficou oito anos no poder e se lançou ao Senado tem ampla maioria de votos”.

Beto se esquivou quando foi perguntado sobre o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus, investigado nas recentes denúncias de irregularidades na Casa. “Vou ficar escolhendo quem vai votar em mim?”, resumiu.

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