Presidente da Câmara dos Deputados esteve em Curitiba e disse que as medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governador Beto Richa devem ser repetidas em nível federal e por outros estados O Paraná deve ser um espelho para o Brasil. A afirmação é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que esteve em Curitiba na última terça-feira (17). O parlamentar veio participar de uma reunião com o governador Beto Richa e com a bancada paranaense em busca de apoio pela sua candidatura à presidência da Câmara.
“É muito bom vir ao Paraná e ouvir o governador Beto Richa. É sempre um aprendizado. Acredito que isso que o governo do Paraná fez, a reforma que colocou em prática, deve ser um espelho para o governo federal e para muitos estados brasileiros, que hoje vivem crises fiscais profundas”, disse Maia.
O parlamentar afirmou ainda que a Câmara Federal começará em breve a discutir uma agenda mais dura, porém essencial para o país, que trata das reformas no Estado, semelhantes às realizadas no Paraná. “Apenas com estas reformas teremos a certeza de que, no futuro, vamos recuperar a economia e voltar a ter geração de empregos, além da melhoria da renda dos trabalhadores”, apontou.
O governador Beto Richa diz que sentiu na pele as consequências das medidas duras que tomou. “No Paraná, nós nos preparamos para enfrentar a crise. Tomamos medidas austeras, amargas, que colocaram em risco a minha popularidade. Mas, entre a perda de popularidade e o bem-estar da população, eu optei pelos paranaenses. Agora estamos colhendo os frutos. Hoje, o Paraná é o estado com a melhor situação financeira do País, o único que deu reajuste aos funcionários em 2016 e um dos poucos que mantém os salários dos servidores em dia”, lembrou o governador.
Para Maia, as medidas de ajuste fiscal são em grande parte impopulares, mas precisam ser feitas. “O estado do Rio, que é meu estado natal, aumentou o salário dos servidores 90% acima da inflação e hoje não paga. Pior: muitos servidores, que conseguiram de alguma forma receber, estão fazendo vaquinha para dar uma cesta básica aos servidores que não receberam. Acho que é isso que temos que mostrar para os servidores públicos federais: que ou vai ser o caminho do ajuste fiscal, do equilíbrio fiscal, ou eles vão chegar na mesma situação que infelizmente chegaram os servidores do meu estado”, alertou.
RESULTADOS
O aperto nas contas e os ajustes fiscais adotados no Paraná permitiram a distribuição de uma cota extra do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a todos os municípios do Estado. O dinheiro veio em hora oportuna para socorrer muitas prefeituras que iniciaram o ano no vermelho. Ao todo, o Paraná repassou R$ 429,8 milhões aos 399 municípios do Paraná, montante referente ao valor do imposto cujo pagamento foi postergado por empresas que investiram no Estado nos últimos anos.
O ajuste fiscal também possibilitou um importante reforço no efetivo de segurança pública em todo estado. Na semana passada, quase três mil policiais militares passaram a integrar a corporação. A medida faz parte do Paraná Seguro, maior programa de investimentos em segurança pública executado pelo Estado, para combater a criminalidade e ampliar a segurança. Mais de 10 mil profissionais da segurança pública foram contratados desde o início do governo, em 2011. Fora isso, o governo adquiriu viaturas, armas e coletes a prova de balas, para equipar as equipes em todo o Paraná.
