Os deputados Cezar Silvestri (reeleito para a Câmara Federal) e Cesar Filho (eleito para a Assembléia Legislativa do Paraná) encontram-se em Brasília, nesta sexta-feira (26) participando do Encontro Nacional do PPS que acontece até às 13 horas de amanhã, sábado 927), no San Marco Hotel.
O encontro, como definiu o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, é uma reunião de reestruturação orgânica do partido, mas que nada tem a ver com nova formação partidária, “porque não há nada de concreto sobre o assunto”. Freire se refere à possibilidade de fusão entre o PPS e o PSDB, um tema que começou a ser discutido ainda em 2008 e que geraria um novo partido no Brasil.
“Isso não está na pauta, não é nada objetivo nem concreto e não vai ser discutido”, concluiu.
Segundo Freire, o partido está se preparando para fazer uma oposição democrática e de esquerda ao novo governo, “apresentando propostas do nosso programa.” Segundo ele, o PPS está querendo uma mudança interna, para poder trabalhar mais com seus organismos, principalmente a Fundação Astrojildo Pereira.
A DISCUSSÃO EM GUARAPUAVA
A possível fusão, não está fora das discussões políticas. Em Guarapuava, o assunto ganha espaço nos bastidores políticos, principalmente, porque as principais lideranças dos dois partidos tem posições antagônicas. O PPS está com o Grupo Silvestri, que saiu fortalecido das últimas eleições elegendo o presidente César Filho como deputado estadual. Cezar Silvestri retorna à Câmara Federal para o terceiro mandato consecutivo. Ambos, estão perfeitamente alinhados com o governador eleito Beto Richa, do PSDB.
Nas hostes tucanas comandadas pela vereadora Maria José Mandu Ribas a situação não é tão tranqüila como aparenta ser. Fiel escudeira do prefeito Fernando Ribas Carli (PP), a quem não costuma dizer não,
Pesa contra a vereadora a atitude tomada nas últimas semanas da campanha eleitoral deste ano. Não faltam registros de que o grupo “Carlista” teria apoiado o senador Osmar Dias, principal adversário de Richa no pleito.
O tema “fusão”, entretanto, é tratado com tranqüilidade, sem, porém, perder a cautela nas duas situações.
“ Sou favorável olhando a questão estadual. Temos um ótimo relacionamento com o governador eleito Beto Richa,” diz César Silvestri. O deputado também coloca na balança o enfraquecimento do Partido nas últimas eleições.
“O PPS só elegeu 12 deputados federais no País e não terá acesso às comissões e aos relatórios. O nosso espaço na Câmara será restrito. Mas a decisão caberá ao PPS Nacional e o convite deverá partir do PSDB”, afirmou. A questão local, de acordo com o parlamentar, deverá ter critérios.
O presidente do PPS em Guarapuava, o deputado eleito César Filho, comunga da opinião de Silvestri e também se mostra favorável à possível fusão.
“Conversei com o Roberto Freire e isso está sendo capitaneado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dentro de uma compreensão de que uma necessidade de haver uma refundação dessa ala da oposição, provocando a saída de alguns, mas também a entrada de novas lideranças”, disse.
Na questão municipal, César Filho diz que prefere aguardar uma posição mais clara e que isso dependerá de uma consolidação do projeto em questão.
“Vamos seguir à esteira do que vai acontecer em nível estadual. Temos uma excelente relação com o Beto Richa e com outras lideranças, mas hoje esse projeto estão nas mãos da Executiva Nacional”, afirmou.
No ninho “tucano” de Guarapuava, Maria José disse à RSN que essa discussão ainda não entrou em pauta. “Se for uma decisão nacional o efeito vem em cascata e vamos dar um direcionamento, mas não vejo nenhum problema”, limitou-se a dizer.
Fonte:cristinaesteche.com.br
