sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aécio lamenta baixo nível da campanha adversária






"Isso não honra ninguém. Isso não dignifica a política", alerta o candidato



O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, lamentou, nesta quinta-feira (23/10), no Rio de Janeiro, o baixo nível da campanha promovida pela candidata petista Dilma Rousseff e aliados. Segundo Aécio, os ataques pessoais que ele e sua família vêm sofrendo transformam esta campanha eleitoral em uma das mais sórdidas da história do país e depõem contra sua adversária.

"Para mim, a candidata oficial já é uma derrotada, independentemente do resultado eleitoral, pela campanha que se permitiu fazer, isso não honra ninguém. Isso não dignifica a política", afirmou Aécio em entrevista coletiva à imprensa ao lado da filha mais velha, Gabriela. Antes da entrevista, ele se reuniu com o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, e o senador Francisco Dornelles (PP-RJ).

Em seguida, Aécio acrescentou que "no futuro, essa campanha será estudada e, certamente, será tida como a de mais baixo nível de todas as campanhas que nós tivemos desde a redemocratização".

Aécio citou que houve casos em que pessoas foram presas ao distribuir panfletos com acusações falsas em relação a ele e sua família. O candidato lembrou ainda que há denúncias de pessoas que estão reproduzindo informações falsas sobre seu programa de governo.

"Hoje mesmo há denúncias de telemarketing assustando e aterrorizando pessoas que são beneficiárias do Bolsa Família. Quem age de forma tão sórdida como essa, em primeiro lugar, não está preparado para a democracia e, em segundo lugar, teme o resultado das eleições", afirmou Aécio, reiterando o compromisso de manter e ampliar o Bolsa Família, transformando-o em um programa de Estado.

Figura menor

Questionado sobre os ataques desferidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em atividades da campanha petista, Aécio lamentou as afirmações do petista, que em sua opinião reduziu-se a uma "figura menor" nesta campanha presidencial.

"É lamentável nós vermos um ex-presidente da República se sujeitando a cumprir um papel de protagonista dessa campanha sórdida e, a meu ver, criminosa do ponto de vista dos ataques", respondeu Aécio.

Aécio lembrou que Lula já fez acusações graves contra os ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso e até mesmo José Sarney, hoje aliado petista. "Infelizmente, o ex-presidente Lula sai dessa campanha como uma figura menor da política brasileira", afirmou Aécio.

Biografia

O candidato reiterou que sua trajetória de vida é a melhor resposta que pode dar às acusações infundadas de Lula e adversários políticos. "A minha história de vida está aí. Eu, com 22 anos de idade, disputava eleições. Tenho 30 anos de mandatos consecutivos honrados, fiz uma trajetória de vida pública que os mineiros e os brasileiros reconhecem como uma trajetória rara", afirmou ele.

Aécio ressaltou que, aos 24 anos, era um dos jovens líderes da campanha em favor do voto direto dos eleitores para os governantes no Brasil, as Diretas Já. "Com 24 anos, eu estava ajudando a organizar a campanha das Diretas [Já] e depois como um dos coordenadores da eleição de Tancredo Neves, que nos livrou da ditadura e, infelizmente, o Brasil não teve lá o apoio desses que me acusam hoje", disse ele, lembrando que houve recusa do PT de apoiar a candidatura de Tancredo em 1984.

Pesquisas

Ao ser questionado sobre as pesquisas de intenção de voto, Aécio reafirmou seu otimismo e disse que elas servem como estímulo aos aliados e simpatizantes que querem a mudança para o Brasil. "Eu estou muito confiante, o movimento que nós estamos assistindo no Brasil inteiro - e vocês têm sido testemunhas de alguns desses movimentos - é algo avassalador", afirmou.

Segundo Aécio, o desejo de mudança é que vai garantir a vitória nas urnas. "Esse sentimento de mudanças, que eu chamaria de uma certa espiral silenciosa que se forma em todo o Brasil, vai nos levar à vitória no próximo domingo. Isso fica cada vez mais claro quando nós assistimos ao desfecho dessa campanha por parte dos nossos adversários", explicou, numa referência aos ataques petistas.

"E eu convido cada brasileiro, cada brasileira que ainda não tomou a sua decisão, que ainda avalia as propostas dos candidatos, que nos dê a chance de mudar o Brasil, inclusive de requalificação da política", afirmou Aécio. "Eu vou continuar firme para responder a todos os ataques, mas com enorme determinação de apresentar propostas e, vencendo as eleições, governar para todos os brasileiros", acrescentou.


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