terça-feira, 5 de julho de 2016

Justiça bloqueia R$ 102 mi de Paulo Bernardo, de João Vaccari e de outros alvos da Custo Brasil



A Justiça Federal de São Paulo bloqueou 102,6 milhões de reais da conta dos principais alvos da Operação Custo Brasil, entre eles o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, o ex-ministro Paulo Bernardo e executivos da empresa Consist. O valor se refere ao que foi desviado no esquema de corrupção montado no ministério do Planejamento, entre 2010 e 2015, descoberto pela operação braço da Lava Jato em São Paulo.

O decisão foi dada pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, no dia 3 de junho. Na ocasião, ela também envolvia o congelamento de bens de 102,6 milhões do PT. No entanto, em 27 de junho, o magistrado voltou atrás e desbloqueou a conta do partido por ela receber recursos do fundo partidário, o que a torna pela legislação "impenhorável". O processo está em siglo de Justiça e o documento referente ao sequestro de bens só foi divulgado nesta terça-feira.

Segundo as investigações, as fraudes ocorreram por meio da Consist, contratada pelo Ministério do Planejamento para gerir o sistema de empréstimos consignados a servidores públicos, que cobrava 1 real mensal por um serviço que deveria custar 30 centavos. Parte desses recursos teria ido para o caixa do PT e outra parcela para o bolso de Paulo Bernardo, que comandou o ministério do Planejamento na gestão Lula, de 2005 a 2011.

No despacho, o juiz escreveu que o PT foi o "principal beneficiário" dos desvios, que João Vaccari era uma espécie de "mentor do esquema de desvio de dinheiro no caso Consist", e que Paulo Bernardo teve "participação decisiva" nas fraudes.

O magistrado também aplicou a medida contra outros investigados na Custo Brasil. Tiveram os bens bloqueados o ex-ministro Carlos Gabas e o ex-secretário da prefeitura de São Paulo Valter Correia (7,2 milhões de reais); o advogado Guilherme Gonçalves (7,6 milhões de reais); o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira (750.000 reais); e a editora 247 (120.000 reais). Os valores correspondem ao que cada um recebeu no esquema, segundo as apurações. veja mais...

Fonte: abril.veja.com.br


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