sexta-feira, 20 de maio de 2016

Integrantes do MST encerram protestos nas estradas do Paraná



20/05/2016 16h32 - Atualizado em 20/05/2016 16h46
Fabiula WurmeisterDo G1 PR - (Foto: Vanessa Navarro/RPC)


Integrantes do MST montaram bloqueios e ocuparam praças de pedágio em cinco pontos de estradas federais e estaduais do Paraná entre quarta (18) e esta sexta (20)

Após quase três dias de bloqueios em rodovias e ocupações de praças de pedágio no Paraná, integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encerraram na tarde desta sexta-feira (20) as manifestações no estado. Os protestos foram motivados pela desocupação da Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, no oeste, iniciada na quarta-feira (18).

Fazenda Santa Maria
Reintegração de posse da Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu (PR) foi concluída no início da tarde desta sexta-feira (20) (Foto: PM / Divulgação)

Para evitar a reintegração de posse determinada pela Justiça, alguns dos invasores da propriedade atearam fogo em pneus, tratores e caminhões na BR-277 e receberam os policiais com pedras e paus. Os agentes revidaram com gás lacrimogênio e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.



Em nota, a Polícia Federal em Foz do Iguaçu informou que instaurou inquérito policial para apurar quem foram os responsáveis pelo bloqueio da BR-277 em Santa Terezinha de Itaipu e pelas barreiras com fogo.

Ainda na quarta, outro grupo bloqueou um trecho da BR-277 em Nova Laranjeiras, na região centro-oeste. Os manifestantes lembraram também a morte de dois sem-terra em um confronto com a polícia no dia 7 de abril em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná.

Já na quinta, integrantes do MST ocuparam as praças de pedágio de Mandaguari e de Arapongas. Os protestos se estenderam com interdições na PR-445, na região de Tamarana, e na PR-272, no acesso a Faxinal.

No mesmo dia o governo comunicou que aceitaria se reunir em Curitiba com representantes do movimento. O encontro está marcado para quarta-feira (25), no Palácio Iguaçu. O MST estima que cerca de 10 mil famílias acampadas no Paraná aguardam serem assentadas e exige uma solução prática para a questão agrária no estado.

G1.globo.com

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