terça-feira, 25 de agosto de 2015

A jornais, Dilma diz que governo demorou em reconhecer gravidade da crise


Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio do Programa de Investimento em Energia Elétrica no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 11/08/2015(Ueslei Marcelino/VEJA)

Em entrevista nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, aos jornais O Estado de S.Paulo, O Globo eFolha de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o governo demorou em reconhecer a gravidade da crise econômica no ano passado. "Errei em ter demorado tanto para perceber que a situação era mais grave do que imaginávamos. Talvez, tivessemos que ter começado a fazer uma inflexão antes. Não dava para saber ainda em agosto, não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. Talvez setembro, outubro, novembro", afirmou.

A petista também afirmou que o corte no número de ministérios enxugará 5% do total de cargos comissionados - de livre nomeação e exoneração na gestão pública. "A reforma ministerial vai extinguir cerca de mil, dos cerca de 22.500 cargos comissionados", disse.

Dilma negou a possibilidade de afastamento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Questionada se havia fundamento nos rumores que movimentaram o mercado financeiro hoje, Dilma foi categórica: "Isso é mentira".

A presidente frisou que a mudança ministerial tem caráter estruturante e confirmou que "à primeira vista" pretende reduzir dez ministérios. "Vamos passar todos os ministérios a limpo", afirmou Dilma, segundo quem haverá redução de secretarias em ministérios que não serão extintos. "Até setembro anunciaremos os ministérios que serão cortados."

Questionada sobre o envolvimento de petistas no propinoduto da Petrobras, Dilma disse ainda que "lamenta profundamente".



veja.abril.com.br

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